Editorial

Nas conversas dos antigos o Pontão das Vinhas, é descrito como o sítio, de onde saia o belo néctar báquico. Hoje do sítio resta o nome, a vinha há muito que foi arrancada. Nesta Terra de apreciadores do precioso liquido, este sitio, obra de um grupo de carolas, transporta para a rede o espírito de uma vila milenar, outrora berço de grandes “pomadas” e episódios marcantes na História de Portugal.
Este espaço pretende ser um ponto de encontro de veirenses (e não só), acima das diferenças politicas, futebolísticas, de cor, credo, ou género. Um Sitio para os amantes do vinho, sem pedantices, ou preciosismos técnicos, onde todos são bem vindos.
Todos os produtores que queiram ver uma prova dos seus vinhos, contacte com: pontaodasvinhas@gmail.com
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Fabre Montmayou Gran Reserva 2005


Região: Mendonza, Argentina

Produtor: Fabre Montmayou

Castas: Malbec

Alc: 14,5º

Preço: 22€

Nota de Prova: 17,5

Um belo vinho argentino, feito pelo enólogo português, Rui Reguinga.

Um aroma, intenso e complexo, misturando fruta silvestre e baunilha. Na boca é envolvente, redondo equilibrado, com uns taninos finos, acidez correcta e um final de boca longo, com travo de groselha macerada. Um belo tinto do Novo Mundo

Burmester LBV 2001

Região: Douro, Vinho do Porto

Produtor: Sogevinus

Castas: ?

Alc: 20º

Preço: Oferta de Natal

Nota de prova: 16


Este é o primeiro Porto que posto. Por falta de hábito no beber destes néctares, as minhas impressões são bastante primitivas.
Destacou-se desde logo pela boa côr, bastante carregada, um aroma adocicado, a fazer lembrar fruta confitada. Na boca, fruta, alicorados, no registo de bombom de ginja, redondo e agradável. Melhorou com o arejamento no segundo dia, onde a fruta ganhou mais expressividade.

Dona Maria Reserva 2003

Região: Alentejo, vinho regional (Estremoz)

Produtor: Júlio Bastos

Castas: Alicante Bouschtet (à volta de 50%), Aragonês, Syrah e Cabernet Sauvignon.

Alc: 14º

Preço: ? (este foi oferecido pelos meus irmãos há dois anos pelo Natal)

Nota de Prova: 18


Um vinho que deixa saudades!
Uma côr carregada, suprendentemente jovem. No nariz, intenso, numa "avalhanche" de especiarias e tosta de boa qualidade. Na boca revela-se um tinto ainda jovem, intenso, encorpado, com taninos bem musculados, fruta preta, balsâmicos, acidez correcta e aquele final de boca, com um travo a pimenta preta.... enfim um grande tinto alentejano, com pernas para andar por uns bons anos, a lançar-nos a interrogação de como é que estará lá para 2015.

Pera Manca branco 2007

Região: Alentejo DOC

Produtor: Fundação Eugénio de Almeida - Adega da Cartuxa

Castas: Antão Vaz e Arinto

Alc: 13º

Preço: Eu consegui arranjar a minha por 17€

Nota de Prova: 17,5


Não só um grande branco alentejano, um grande branco português!

Mostra-nos, uma cor limpa e luminosa, no nariz alguma austeridade mineral. Na boca o registo da fruta, com ligeiros amenteigados, frutos secos, mineral, muito suave e apetecível, terminando de forma elegante e sofisticada

PS: que pena ter trazido só 1 garrafa!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vinhos para a Consoada

Aproxima-se aquela noite mágica, ocasião sempre singular de estar em familia, à volta da mesa, onde o precioso néctar, tem um papel importante.
Para os nossos seguidores e "leitores" o Pontão das Vinhas fez uma selecção de 20 vinhos, 10 brancos e 10 tintos, que podem abrilhantar com nível a mesa da consoada. Esta selecção obedeceu a 2 critérios:
1) Todos os vinhos são Alentejanos
2) Não há vinhos a custarem mais de 10€ (os tempos não são para brincadeiras.... e nem todos se podem dar ao luxo de beber Barca Velha, ou Chateau Latour) A maioria é constituída por vinhos que oscilam entre os 4,50 e 7,50€ e que dão muito bem conta de si à mesa.

Os vinhos estão ordenados por ordem alfabética, sem qualquer hierarquia classificativa

TINTOS
  • 600 - 2007
  • Casa da Urra - 2007
  • Casa de Alegrete - 2005
  • Dom Martinho - 2005
  • Marquês de Borba - 2007/08
  • Montes Claros reserva 2006/07
  • Porto da Bouga reserva - 2008
  • Reguengos reserva - 2007
  • Terra Plana - 2006
  • Vale Barqueiros colheita seleccionada - 2007

BRANCOS
  • Adegaborba.pt- 2008
  • Conventual reserva - 2007
  • Conde d´Ervideira Reserva 2008
  • Dom Rafael 2008
  • Lusitano 2008
  • Marquês de Borba 2008
  • Montes Claros reserva 2007
  • Monte das Servas colheita seleccionada 2008
  • Monte Velho 2008
  • Sobro 2008

Resta desejar-vos um Santo Natal e uma lauta consosada, porque este é o tempo em que mandamos a linha, a balança e o ginásio às urtigas....



Casa da Urra 2007


Região: Alentejo, Vinho Regional, (Portalegre)

Produtor: Herdade Carvalhal da Urra

Castas: Alfrocheiro, Touriga Nacional, Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet.

Alc: 13,5º

Preço: Oferta do amigo A J Caldeira, mas anda à volta de 7€

Nota de Prova: 16,5

Mais uma surpresa, a confirmar o potencial do "terroir" de São Mamede, para vinhos de muito boa qualidade.
Um tinto muito maduro, com um aroma cativante a fruta e notas de chocolate. Na boca confirma o perfil, maduro, morno, suave onde os elementos, fruta e madeira se casam, muito bem, consegue ter um perfil moderno, mas sem ser pesado, o álcool é correcto e termina com alguma garra e fineza.
Uma boa aposta.

Estola Gran Reserva 1999

Região: La Mancha, Espanha

Produtor: Bodegas Yusu

Castas: Cencibel e Cabernet

Alc: 13,5º

Preço? (oferecida pelo grande amigo Dr. Vitor Silva)

Nota de prova: 15,5

Um belo tinto espanhol, feito com cabernet e aragonêz, que em La Mancha assume a designação de Cencibel. Apresentou uma côr algo desmaiada, tipica da idade, no nariz os primeiros aromas são animais e amadeirados, aparecendo a fruta discreta e em segundo plano. Na boca surge evoluido, delicado, com notas de apimentadas tipicas do Cabernet, terminando com alguma elegância

PS: Acompanhou com nível um javali assado no forno, desde já os agradecimentos ao amigo A J Caldeira pela sua hospitalidade.

Valle Pradinhos 2003

Região: Trás-os-Montes, Vinho Regional

Produtor: Maria Antónia Pinto Mascarenhas

Castas: Tinta Amarela, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon

Alc: 14º

Preço: à volta de 10€

Nota de prova: 16,5 / 17

Sou um incondicional deste vinho, um dos grandes clássicos do panorama nacional. Já bebi as colheitas de 2000, 2001, 2003, 2004 (e tenho a de 2005 guardada). É um vinho que mantém o mesmo perfil ao longo dos anos. Um vinho intenso, com alguma dose de austeridade, na boca a fruta bem integrada com a madeira, acidez correcta e elegância, disfarçando os 14º de álcool. Termina de forma fina e elegante. Um clássico.

Vinzelo 2006


Região: Douro DOC

Produtor: Quinta do Ventozelo

Castas: Tinta Roriz 30%; 30% Touriga Franca; 30% Tinta Barrroca; Touriga Nacional 10%

Alc: 12,5º

Preço: 1,80€

Nota de prova + 15

É o meu guilty pleasure dos vinhos. Simples, barato, mas que me dá um prazer tremendo a beber, mais do que certos vinhos que andam pelos 10€ e mais...

È um vinho de com uma côr média, aroma simples a fruta vermelha e silvestre, na boca surge muito fresco, sem pretensões, sem madeira, a dar o palco à fruta, num registo muito agradável, nos seus 12,5º de álcool (para quê 14 e 15 graus?), termina fresco, vibrante e guloso, sempre com a fruta no palco.

PS: É raro apanhar uma garrafa de Vinzelo aqui no Alentejo, mas cada vez que encontro (principalmente no Modelo) não hesito

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Monte da Raposinha 2008

Região: Alentejo, Vinho Regional (Montargil)

Produtor: Monte da Raposinha

Castas: Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Syrah, Trincadeira e Aragonês.

Alc: 13,5º

Preço:?

Nota de Prova: 15

Muito carregado na côr, no nariz evidencia muita juventude, fruta e notas químicas. Na boca surge algo simples, no registo frutado, um tinto honesto, companheiro do petisco.

Quinta da Pacheca 2007


Região: Douro DOC

Produtor: Quinta da Pacheca.

Castas: Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Nacional

Alc: 13,5º

Preço: 9€

Nota de Prova: 15

Uma cor viva, a atirar para tons de cereja. No nariz atira-nos o primeiro impacto da fruta, intensa e algo explosiva. Na boca repete-se o registo, cheio de raça, com a fruta a impor-se com alguma violência. Um Douro cheio de força a precisar de de repousar mais uns anos em garrafa.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

600 2007

Região: Alentejo (Alegrete) Vinho Regional

Produtor: Altas Quintas Lda

Castas: Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet

Alc: 13,5º

Preço: À volta dos 5€

Nota de prova: 15,5

Depois do Vallado 2004 o segundo vinho de uma tarde/noite bem passada no amigo Alfredo. Este é o vinho de acesso à gama de um dos produtores alentejanos, que mais prestigio tem ganho nos últimos anos. Entre o 600 e o topo Obsessão, há uma série de vinhos com grande qualidade, que representam o melhor que se faz no "terroir" da serra de São Mamede, destes destaco o Crescendo e o famoso Altas Quintas.

O vinho apresenta uma bonita cor, no nariz, fruta de boa qualidade, num perfil bem alentejano. Na boca apresenta-se macio, envolvente, com alguma fineza, bem apoiado na fruta, acidez e álcool correctos. Um tinto de grande sentido gastronómico, bom companheiro da mesa.

Quinta do Vallado 2004

Região: Douro DOC

Produtor: Quinta do Vallado

Castas: Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional, Sousão

Alc: 14º

Preço: À volta de 7€

Nota de Prova: 15,5

Uma cor muito carregada, um aroma inicialmente fechado, abrindo depois em registos de fruta vermelha, mato, esteva. Na boca cheio, com alguma austeridade e secura, notas de cereja e um final algo picante. Um duriense cheio de raça e que aguenta mais uns anos em garrafa.

Hereditas 2007

Região: Alentejo (Estremoz) vinho regional.

Produtor: Quinta dos Cardeais.

Castas: Aragonês, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Syrah.

Alc: 14º (no restaurante O Nicolau)

Nota de Prova: 15,5

Foi o vinho que serviu de companhia na visita à edição de 2009 da famosa Cozinha dos Ganhões em Estremoz.
Apresenta uma cor medianamente carregada, o aroma bastante apelativo a fruta vermelha e alguma baunilha. Na boca revela-se macio redondo, com muita fruta, corpo médio, acidez correcta a equilibrar o álcool. Um tinto muito agradável, deste novo produtor estremocense. Uma aposta segura

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Vale Barqueiros Reserva 2005

Região: Alentejo, vinho regional

Produtor: Sociedade Agrícola de Vale Barqueiros

Castas: Trincadeira e Alicante Bouschet

Alc: 15º

Preço: 8€

Nota de Prova: 16


Este foi o segundo néctar, provado no almoço dominical de familia, depois do Porto da Bouga Garrafeira.
È um vinho de aromas doces, alguns alicorados, num registo que se estende à prova de boca, juntamente com frutos pretos e vermelhos de boa qualidade, tornando-o um vinho algo doce e guloso, de paladar cheio, mas sem o carácter impositivo do Porto da Bouga Garrafeira

Porto da Bouga Garrafeira 2004


Região: Alentejo, vinho regional.

Produtor: Porto da Bouga Vinhos Lda.

Castas: Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet.

Alc: 14º

Preço: 10€

Nota de Prova: 16,5/17


Sou um incondicional deste vinho na sua versão Reserva, pelo que a prova deste Garrafeira, foi feita com alguma expectativa.
Para um vinho de 2004 impressiona pela cor, extraordinariamente jovem, sem marca alguma de evolução. No nariz surge intenso, com alguma madeira, fruta vermelha. Na prova de boca revelou uma personalidade bem vincada a lembrar os tintos do Alentejo de outros tempos, a fruta bem ligada à madeira, uma excelente acidez, uns belos taninos que ainda prometem mais 2 ou 3 anos em grande forma, austero impositivo, a companhia perfeita para um assado de javali, no almoço de familia.

Fonte dos Garfos


Região: Alentejo, vinho regional

Produtor: Quinta da Fonte dos Garfos (Gavião)

Castas n/d

Alc: 14,5º

Preço: ? (foi uma oferta do amigo Paulo Pires do Gavião)

Nota de Prova: 15,5


Um Alentejano de latitudes bem diferentes mais a Norte.
Uma cor granada. No nariz os aromas da moda, fruta, muita fruta, alguma baunilha, tudo muito "mainstream". Na boca confirma o registo anterior, mas com uma acidez muito positiva, que o torna fresco e agradável de beber. Uma boa surpresa.

Encontro com o Vinho e Sabores 2009



Fica aqui o pequeno apontamento do nosso amigo e seguidor Helder Caldeira, que passou pelo Centro de Congressos de Lisboa e nos deixa com água na boca...

Boas,
Carissimos amigos do Blog! Não pretendo aqui fazer nenhum comentário a este vinho em especifico mas a vários e à celebração desse néctar que é o vinho!
Decorreu este fim de semana no Centro de congressos de Lisboa mais uma edição do "Encontro com vinhos e Sabores" há muito tempo que não via uma exposição tão recheadas quer de expositores quer de belas pingas quer de caras bem bonitas!

Falalndo de vinhos as 2 horas que estive no evento foram manifestamente insuficientes para descobrir todos os néctares presentes e como ia ter uma despedida de solteiro de seguida decidi não abusar nas provas. Depois fui com a minha generosa mulher que gostando de vinho não tem muita paciência para parar de stand em stand sendo que os empurrões da muita gente que foi ao evento também não são agradáveies! Sendo assim deu para provar os seguinte néctares:

Qta do Boição Special Selection da Enoport - Deve ser um grande vinho mas precisa de 1h a arejar. Tem os taninos muito vivos no entanto é bem melhado. Não conhecia
Valle Pradinhos reserva 2005 - Com um assado ou um ensopado uhi!
Batuta 2007 - A niepoort não sabe fazer maus vinhos e este é um dos ex-libris muito bom! O Charme estava fechado. É pena!
Herdade das Servas Vinhas Velhas - talvez o mais surpreendente de todos os que provei. Muito bom!
Quinta de Pancas Reserva 2007 - saiu agora para o mercado! Um excelente vinho!
CV e Quinta Vale D. Maria duas preciosidades do Douro. Por incrivel que pareça o QVD.Maria estava incrivelmente bom! Tinha bebido a garrafa de fio!
Quinta de La Rosa Branco - não sei se é o melhor branco que já bebi como diz o meu amigo Zé no entanto é certamente um dos melhores. Muita, muita fruta num belo branco!
Palpite 2007 -Excelente branco dos vinhso Fita Preta!
Grous Moon Harvest - Só uma pinga não deu para perceber o que vale esta pinga! Estou a rezar para que o natal venha rápido para provar uma das que aqui tenho.
Rui Reguinga - Fabre Mont... Zé diz lá como se escreve! è uma excelente pinga. Fiquei surpreendido!

Meus caros este evento merecia pelo menos 4 horas de presença e era garantida a bebedeira pois o facto de levar o vinho à boca e deitar fora o restante não me cai muito bem! Por isso muito ficou por provar Na net acho que conseguem ver os expositores.

Desculpem o tamanho do comentário ainda assim gostaria de partilhar convosco este pequeno entardecer de sábado!

Ficaram por provar ainda vinhos do Porto, Verdes e espumantes!

Um abraço

HELDER CALDEIRA

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Santa Valha 2004

Região: Valpaços V.Q,P.R.D

Produtor: Quinta do Sobreiró de Cima

Castas: n/d

Alc: 14º

Preço: 2,30€

Nota de Prova: 15


Um vinho das terras quentes transmontanas. Provar este Santa Valha é como que fazer uma viagem ao passado, mas que vale bem a pena. Um vinho fora de modas, feito à antiga. Uma cor muito carregada, antecede um nariz muito impositivo, com fruta vermelha e algumas notas animais. Na boca carregado, denso, fruta com alguma qualidade e taninos raçudos. Duro e algo agreste para bocas menos habituadas ao género é um tinto que se aprecia com pratos fortes da nossa gastronomia. Uma feijoada, bem temperada, uns grãos com carne ou um cozido à portuguesa casam bem com este tinto

Mouchão 2002

Região: Alentejo, Vinho Regional

Produtor: Vinhos da Cavaca Dourada S.A.

Castas: Alicante Bouschet e Trincadeira

Alc: 14,5º

Preço: mais de 25€

Nota de Prova: 17,5

É sempre um momento especial, provar um Mouchão. Pode não ser o melhor vinho que provei, mas está certamente entre os melhores, um vinho com uma personalidade única, não só em Portugal, mas no Mundo. Como gosto de afirmar é o Alentejo em estado líquido.

Aroma algo austero, especiado, com notas de couro, seguindo-se depois a fruta à medida que o vinho vai abrindo. Na prova de boca temos um vinho bastante estruturado, seco, com uns taninos firmes, excelente acidez, mas com com elegância. A fruta de qualidade está aqui em simbiose com a madeira, terminando longo e cheio de garra, a dizer-nos que ainda há vinho para mais uma década...


Torre do Frade Reserva 2005

Região: Alentejo, Vinho Regional

Produtor: Sociedade Agrícola da Herdade da Torre de Curvo Lda

Castas: Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet

Alc: 14º

Preço: à volta dos 30 €

Nota de Prova: 17

Antes de passar à nota de prova, quero agradecer a 3 amigos: ao Domingos Cunha, que como bom anfitrião proporcionou a ocasião, ao Paulo Silva que trouxe esta magnífica botelha e ao Henrique Canoa, que foi o fotógrafo de serviço.

O vinho apresenta-se no nariz muito marcado pela madeira, talvez em demasia, escondendo um pouco a fruta. Na boca revela-se um vinho cativante, cheio e vigoroso, com taninos firmes, fruta de boa qualidade, balsâmicos e uma boa acidez que compensa alguma madeira a mais, dando ao v um final elegante e cheio de garra. Um grande Alentejano que vai durar na garrafa com saúde por mais uns anos

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Terras do Suão Reserva 2001

Região: Alentejo DOC

Produtor: Cooperativa Agrícola de Granja e Amareleja

Castas: n/d

Alc: 14º

Preço: 3,89€

Nota de Prova: 15,5

Comecemos pela cor, algo desmaiada e já a indicar uma idade respeitável. No nariz as notas dominantes, passam pelo couro e alguns balsâmicos. De início surge muito fechado, com a fruta discreta. Na boca é notória a evolução com alicorados, num registo muito macio, boa acidez, onde os 14º não se notam. È um vinho diferente, fora de modas e que já passou a sua melhor fase.

É um vinho que precisa da mesa. Neste caso foi "salvo" por uma perna de javali assada no forno, com paus de loureiro. O vinho ligou muito bem com este prato e ao longo da refeição foi crescendo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Fronteira Tinto 2006

Região: Douro DOC

Produtor: Companhia das Quintas

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz

Alc: 14,5º

Preço: 2,99€

Nota de prova: 16,5

Uma cor bastante concentrada. No nariz groselhas, alguma especiaria, marcando a diferença por algumas notas balsâmicas e alicoradas. Na boca mantém o registo concentrado, bem assente na fruta, com a madeira bem integrada. Os taninos apresentam-se firmes, conferindo uma certa personalidade ao vinho. Termina cheio, generoso, potente e com garra.

PS: A nota pode parecer polémica, mas tem em conta uma qualidade muito boa por um preço baixo (a este preço nunca tinha bebido um Douro com tanta garra)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Douro 3ª Parte II) - as provas

Eis o último registo de provas feitas no Douro em finais de Agosto.


Passa Douro Tinto 2005


Região: Douro DOC

Produtor: Quinta do Passadouro

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz

Alc: 13º

Preço: 6€ garrafa de 3,75 Cl em restaurante

Nota de prova: 14,5

Foi o companheiro do primeiro jantar no Pinhão. Após longa viagem, o repasto merecido no restaurante Ponte Romana, onde este Passa Douro acompanhou com grande dignidade um lombo de porco agridoce.
Um aroma convidativo a frutos vermelhos. A prova de boca começa com um toque químico, enquadrando a fruta de boa qualidade. Cada trago revelou um vinho simples mas bem feito, redondo, cálido, terminando de forma agradável e ligeiramente picante. Um prenuncio que nesta jornada se iriam provar bons néctares...

Quinta de la Rosa tinto 2007


Região: Douro DOC

Produtor: Quinta de la Rosa

Castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca.

Alc: 14º

Preço: 8,50€

Nota de prova: 16

O meu primeiro contacto com este vinho, foi há cerca de 3 anos com a saudosa colheita de 2004, que me deixou completamente, conquistado, a qual tive a sorte de há dois meses ter encontrado uma garrafa esquecida num supermercado de Portalegre.
Foi o Quinta de la Rosa 2004 que me levou a procurar esta quinta no Pinhão para passar uns dias de merecido descanso. A colheita de 2007 surgiu muito diferente da de 2004. Um vinho mais austero, mais crú, com uma acidez mais viva, mas com um acento na fruta de qualidade. Um vinho mais fresco, com o alcoól bem disfarçado e os taninos a indicarem uma boa evolução em cave.


Quinta de la Rosa Branco 2008


Região: Douro DOC

Produtor: Quinta de la Rosa

Castas: 60% Viosinho; 40% distribuidos entre Rabigato, Gouveio e Códega do Larinho

Alc: 13,5º

Preço: 8,50€

Nota de Prova: 18

Simplesmente o melhor branco que bebi até hoje!
O nariz surge com algum mineral, conjugado com notas de maçã verde. Na boca é um vinho fora do comum. Muito fino, delicado de uma grande elegância a madeira no ponto, termina muito longo com grande finesse.

PS: Ainda hoje me estou a roer de não ter trazido 1 ou 2 botelhas comigo


Vale da Clara Tinto 2005



Região: Douro DOC

Produtor: Vinhos Berqvist unipessoal SA

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz

Preço: ?

Nota de Prova: 15,5


Este vinho é um caso típico de bipolaridade.
Numa primeira fase destaca-se a presença de alguma madeira no nariz, na boca surge algo madurão, com alguma falta de acidez, onde o alcoól devia estar mais disfarçado, não deixando no entanto de ser um vinho agradável.
Passadas umas horas depois da sua abertura revela a sua outra face. Um vinho guloso, sedutor e viciante, a fugir um pouco ao Douro clássico, num perfil mais moderno e internacional

domingo, 11 de outubro de 2009

Douro 3ª Parte I) - as provas

Depois das paisagens e dos encantos desta maravilhosa região eis o essencial da mesma -o vinho, ou melhor os vinhos que tive oportunidade de provar na minha curta estadia.


Quinta Nova de Nª Senhora do Carmo Unoaked 2007


Região: Douro DOC

Produtor: Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo

Castas: Não mencionadas

Alc: 14º

Preço: 5€

Nota da prova: 15,5 / 16

Este é um Douro sem madeira, com o propósito de evidenciar a fruta de grande qualidade, o que é de todo conseguido. surge-nos no copo com uma cor carregada, o aroma denso e redondo, antecipa-se a uma boca com fruta densa, quase explosiva, num traço bem mediterrânico, terminando guloso e carregado. Um tinto com grande sentido gastronómico

Grainha tinto 2007

Região: Douro Doc

Produtor: Quinta Nova de Nª Senhora do Carmo

Castas: Não mencionadas

Alc: 14º

Preço: 12€

Nota de Prova: 16,5

Uma evolução do registo anterior. A fruta de boa qualidade, o traço mediterrânico. Na prova de boca, apresenta-se cheio, redondo, mas nada enjoativo, a madeira surge discreta, bem casada com a fruta, acidez correcta, taninos finos e elegantes. Bebe-se já com grande prazer, mas ainda aguenta uns anitos na garrafa

Quinta Nova de Nª Senhora do Carmo Reserva 2007

Região: Douro Doc

Produtor: Quinta Nova de Nª Senhora do Carmo

Castas: Não mencionadas

Alc: 14,5º

Preço: 22€

Nota de Prova: 17,5

O melhor tinto que provei. Uma maravilha!
A evolução do registo desta casa. No aroma nota-se alguma madeira, surge concentrado e alicorado, fazendo lembrar um Porto. Na boca a madeira cede o palco à fruta e surge-nos um vinho, denso, doce, mas elegante, onde os 14,5º não se evidenciam. Termina longo, quente, mediterrânico, mas com garra, com os taninos a dizerem que este belo néctar ainda poderá crescer com mais 1 ou 2 anos de guarda:

PS: No final da prova destes vinhos da Quinta Nova de Nª Senhora do Carmo fiquei intrigado com o seu lado mais "sulista",como não tinham as castas indicadas no contra rótulo, fui fazer umas pesquisas, "descobrindo" que esta casa utiliza com frequência, nos seus lotes a casta Tinta Amarela, que no Sul, conhecemos como Trincadeira.... será um factor diferenciador no Douro? deixo a explicação para os Experts.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Douro 2ª Parte






Foi bastante oportuno estar na Quinta de la Rosa quando se iniciaram as vindimas. Num dia de grande calor, ao passear pela vinha, no meio das mulheres que vindimavam, observei que enquanto as uvas do primeiro alinhamento, estavam praticamente em passa, as do segundo, que estavam a ser colhidas pela senhora de azul, apresentavam este saudável aspecto.



Questionando um dos responsáveis da quinta, foi-me dito que tal em parte se deveria à exposição solar, uma vez que os alinhamentos não estão no mesmo angulo face ao Sol.
Além de passear e assistir à vindima, vale a pena a visita à adega, principalmente ao armazém onde se encontram a repousar os vintages.
Depois destas voltinhas, a prova é sempre a parte mais desejada. Na Quinta de la Rosa, provei o Branco (de estalo!) o tinto e um Porto (não sou grande apreciador de vinhos fortificados) de 1997. que ás 11 da manhã de um dia quente trouxe uma certa moleza...



As provas não se ficaram por aqui. Mais tarde num pulinho ao Pinhão, encontrei a Wine House da Quinta Nova de Nª Srª do Carmo. Um espaço anexo à estação ferroviária, onde se podem provar (a 2,50€ o copo) e comprar os vinhos deste produtor, oferecendo também alguns produtos gourmet como compotas, elaboradas na Quinta. Se a intenção do visitante não for essa vale a pena entrar, parar tomar um café folhear a literatura sobre o Douro e acima de tudo desfrutar do bom gosto e ambiente deste espaço.
Claro que não me fiquei por aqui.... tive de ir direitinho às provas. Como é hábito levei as duas ferramentas (caderninho e caneta) para registar e vos poder dar conta mais tarde das notas de prova dos néctares

Concentrei a minha atenção nos tintos. Comecei no Unoaked 2007, segui para o Graínha e terminei no Reserva.
Belas pingas... o Reserva então.... depois posto as provas

O registo está quase concluido, falta a 3ª parte....

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Douro 1ª parte



Caros seguidores do Pontão das Vinhas, o Douro é uma viagem obrigatória para um enófilo. A mais antiga região demarcada do mundo, está entre os destinos de excelência nas viagens dos amantes do belo néctar.
Acima de tudo esta região vale pelo rio, que é grandioso. O Douro é a matriz que ordena, a paisagem humanizada de milhares de hectares de vinhas, algumas quase centenárias. Além de da qualidade dos vinhos, a beleza da paisagem é outro dos principais atractivos para o visitante, pois até um abstémio não ficará indiferente aos seus encantos.




Durante três dias estive na Quinta de la Rosa a dois minutos do Pinhão. Valeu bem a experência, de estar numa quinta preservada, como as antigas casas de familia do Douro vinhateiro do Sec. XIX. Curiosamente era o único português na lista de hóspedes que ia desde a Nova Zelândia à Alemanha, passando pelos EUA, dando para pereceber a pocura turistica internacional a que a região está sujeita.
Aqui tudo gira à volta do vinho, os negócios, as vivências, o ambiente. Vale a pena passear no meio das vinhas, assistir à vindima, ou a pisa das uvas, na qual também podiamos participar.
O ùnico senão no Douro é a qualidade urbanistica das suas localidades. O Pinhão por exemplo, é uma vila muito "feinha" sendo valorizada por estar à beira rio. As vilas e cidades durienses, não se encontram preservadas como as do nosso Alentejo, funcionando o rio como a autêntica mais valia.





quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pontão no Douro

O Pontão das Vinhas blog Alentejano dos quatro costados, enviou um dos seus editores, (aquele de vez em quando comete umas traições à pátria, por causa da "Dourite" aguda) a terra "alienígena". Encontra-se à "paisana" , nesta nobre missão, perto da vila do Pinhão.
Em breve teremos novos desenvolvimentos.

Ate breve e boas provas.

PS: Vocês neste momento devem andar mais nas minis....

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tapada do Chaves Reserva 2002


Região: Alentejo DOC (Portalegre)

Produtor: Sociedade Agricola e Comercial da Tapada do Chaves

Castas: Aragonês, Trincadeira, Castelão

Alc: 13,5º

Preço: 12€

Nota de Prova: 16,5


Um vinho especial por várias razões. Porque ainda é uma refeência no Alentejo, porque não vai em modas e porque foi o tinto servido num dia muito especial, no qual tive a honra de ser padrinho de casamento do meu primo, afilhado e Amigo Rui Garcia.

Uma côr bonita com alguma evolução. No aroma sente-se a madeira integrada com a fruta e alguns licorados. Na boca é redondo suave e elegante, marcado por uma acidez correcta, alguma evolução muito positiva, num casamento muito bom entre fruta e madeira.
Uma marca e um estilo de vinhos que não podem desaparecer, são uma mais valia no Alentejo moderno, onde marcam a diferença para as modas lembrando por vezes os mais ferozes críticos de vinhos que o Alentejo tem os seus terroirs as suas raizes, que dentro do Novo Mundo Alentejano há muito que existe um Velho Mundo, melhor só parafraseando a publicidade da marca: Lendários vinhos Alentejanos

Mais palavras para quê? provem este néctar e deixem-se levar pela diferença

Um Abraço e boas povas

Quinta da Mimosa 2006


Região: Palmela DOC

Produtor: Casa Ermelinda Freitas

Castas: Castelão

Alc: 14º

Preço: á volta de 9€

Nota de prova: 16

O vinho do último jantar em casa do meu irmão Luis, ou Nix para os amigos.(não me posso queixar tenho sido bem tratado)
Uma côr bonita, não muito carregada, um aroma com muita fruta vermelha, framboesas, baunilha e algum químico bem presente.
Na boca a fruta de boa qualidade vem ao de cima, cerejas licor de ginja, ao estilo "mon cherry" termina longo com algum ardor. È um vinho estruturado, com acidez correcta, guloso e com alguma complexidade. Acompanhou bem uns belos bifes de novilho com molho de natas.

PS: O meu regresso ao Castelão de Palmela, uma das minhas castas e terroirs de eleição, fora de modas sabe sempre bem um regresso aos clássicos e às memórias que nos trazem de bons tempos a lembrar que o tempo tem passado a correr....
Por falar no Castelão depois de provado este Quinta da Mimosa 2006 ainda fiquei com mais água na boca para provar o Leo d´Honor 2003 que repousa na garrafeira, ou voltar a provar o António Saramago Escolha 2003

Abraços e boas provas

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Lancers

Produtor : José Maria da Fonseca
Tipo: Vinho branco com agulha
Castas: As melhores castas brancas portuguesas
Região: Portugal
Notas de Prova:
Cor Amarelo citrino
Aroma Leve, fresco e frutado (citrino e frutos tropicais)
Paladar Agradável, fino, frutado, com alguma doçura
e ligeiramente gaseificado
Final de Prova Médio
Vinificação: O mosto é fermentado a uma temperatura
entre os 16-18ºC.
Envelhecimento: Sem envelhecimento
Engarrafamento: Diário
Análises:
Teor de Álcool 10,5%
Acidez Total 5,7gr/l ácido tartárico
pH 3,1

Longevidade Prevista: Deve ser consumido enquanto jovem

- Amigos do Pontão aqui fica um vinho de "Verão".
Bastante leve, ideal para acompanhar com saladas, carnes brancas, barrigas de atum, salada de polvo, etc, etc....

Boas Provas

p.s. A foto e a info. foi retirada do site oficial do produtor - www.JMF.pt

terça-feira, 7 de julho de 2009

Monte das Servas Escolha Branco 2008


Região: Alentejo (Estremoz) Vinho Regional

Produtor: Soc. Agricola Serrano Mira

Castas: Roupeiro, Arinto, Rabo de Ovelha

Alc: 13,5º

Preço: à volta dos 9€ em restaurante

Nota de prova: 15,5


Eis mais um belo branco Alentejano ideal para estas tardes de Verão. Apresenta-se com uma côr citrica, na boca surge algo fechado na primeira prova, mas depois surge-nos uma bela acidez, conjugada com notas melosas, tornando o vinho guloso, medianamente complexo e nada enjoativo. Foi bebido na companhia do Miguel, com uns carapaus fritos e pimentos assados que estavam divinais, no Nicolau.

Um abraço e boas provas

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Conventual Tinto Reserva 2005

Região: Alentejo (Portalegre) Vinho Regional

Produtor: Adega Cooperativa de Portalegre

Castas: Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet

Alc: 14º

Preço: 6,80€

Nota da prova: 16


Mais uma boa RPQ. Este Conventual Reserva tinto, está a fazer regressar a Adega Cooperativa de Portalegre a um caminho de consistência qualitativa, que para bem da empresa e dos consumidores esperemos que dure muitos anos.
Uma côr carregada, um aroma maduro a frutos pretos. Na boca surge-nos um tinto complexo, confirmando o perfil da fruta preta, seco, austero e com alguma mineralidade, a madeira está bem discreta e a acidez apresenta-se correcta. Ternina volumoso e com complexidade.

PS: Mais um bom vinho do Norte Alentejano, que acompanhou na perfeição umas belas migas de batata com entrecosto de porco preto.... uma delicia

Dona Ermelinda Reserva 2004


Região: Palmela DOC

Produtor: Casa Ermelinda Freitas

Castas: Castelão, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon

Alc: 14,5º

Preço: 7,50 €

Nota de Prova:; 16,5


Mais uma excelente Relação Preço/Qualidade (RPQ). Uma côr muito carregada, desvenda-nos um aroma a fruta vermelha, com algum balsâmico e baunilha. Na boca surge-nos inicialmente algo duro, mas depois vai abrindo em gulosas notas de fruta vermelha, com a madeira discreta e bem integrada, algum balsâmico e a acidez no ponto a amparar o corpo e o alcoól. È um vinho impositivo, concentrado, encorpado, terminando a prova em grande nível a dizer-nos que por este preço está apto para grandes desempenhos.
Um néctar que aconselho a todos os seguidores e leitores do Pontão, especialmente aos adeptos de vinhos encorpados.

Um abraço e boas provas

domingo, 28 de junho de 2009

Borba VQPRD 1998


Região: Alentejo (Borba) V.Q.P.R.D

Produtor: Adega Cooperativa de Borba

Castas: Tricadeira, Aragonês e Castelão

Alc: 12,5º

Preço ? (oferta do amigo Alfredo)´

Nota de Prova: 16

A segunda surpresa da tarde.
Este vinho é um marco na história da região, pois corresponde ao despertar do Alentejo, depois de ser demarcado como região vinica, lançando-se à conquista do mercado nacional, do qual hoje tem uma esmagadora quota de 42%. Este VQPRD catapultou a Adega Cooperativa de Borba, tornando-se uma referência. Milhões de portugueses, brindaram e deleitaram-se com este néctar.

O Alfredo, trouxe o vinho para a mesa já decantado, escondendo a garrafa, para deixar os convivas à "nora" pois não sabiamos o que estávamos a beber. A côr denotava já alguma evolução, no aroma algum couro e notas animais. Na boca uma agradável surpresa. Macio aveludado, delicado e com alguma elegância, algumas notas alicoradas marcavam o final, que nos deixou uma agradável persistência.
Depois de revelada a sua identidade, ficámos com mais uma prova de que os Alentejanos sabem evoluir com muita dignidade, desde que bem conservados. Este Borba com 11 anos demonstrou isso mesmo, basta seguir os sábios conselhos do amigo Alfredo, para certas garrafas: "conservem-nas bem e esqueçam-se delas"

Um abraço e boas provas.

Abreu Callado Reserva 2008


Região: Alentejo (Benavila, Avis) vinho regional

Produtor: Fundação Abreu Callado

Castas: Touriga Nacional, Aragonês e Alicante Bouschet

Alc: 14º

Preço: ? (oferta do amigo Alfredo)

Nota da prova: 15,5

Esta foi a primeira surpresa que o amigo Alfredo nos reservou. Outrora a Fundação Abreu Callado, ganhou fama com os seus vinhos, especialmente os tintos. Depois de algumas décadas de declinio, uma nova orientação de gestão está apostada em devolver a esta instituição o lugar, que merece, como uma das referências do Alentejo clássico.
Este Resrva 2008 surgiu-nos muito carregado na côr, com um aroma inicialmente fechado, mas onde se destaca o perfil floral, tipico da Touriga Nacional. Na boca apresenta-se bem encorpado, com taninos respigados, a prometerem mais 3 ou 4 anos de boa saúde na garrafeira, a boa acidez que apresenta torna-o um vinho equilibrado, suportando o alcoól. Mas como não há bela sem senão, este a Touriga Nacional acaba por marcar excessivamente o vinho, com o registo floral, bastante presente na boca.
Eu não sou dos fanáticos da Touriga Nacional, acho que pode compor os lotes, dando-lhe elegância, mas que quando marca em demasia, ou a solo torna-se uma casta enjoativa. Em termos de castas nacionais, não troco um bom Castelão de Palmela, ou um Alicante Bouschet alentejano, pela moda da Touriga. Nos lotes alentejanos, além da triologia sagrada: Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet, além da Touriga, há outras castas que podem dar mais alma aos nossos vinhos, como a Syrah, ou o Alfrocheiro.

Yellow Tail Shiraz 2007

Pais/Região: Austrália

Produtor: Casella Wines

Castas: Syrah

Alc: 13,5º

Preço: 6,90€

Onde comprar: Carrefour Badajoz

Nota prova: 15

Chegou à reunião de editores para ser eleito vinho do mês, mas acabou derrotado pelo irmão Merlot. Este vinho do Novo Mundo apresenta-se com uma cor pouco carregada, um aroma marcado pela fruta e algum quimico. Na boca revela-se um vinho guloso, confirmando o perfil aromático, mediano de corpo, cerejas e groselhas, com as notas quimicas. Um vinho simpático e correcto, bom companheiro do dia a dia. Uma novidade a experimentar, no entanto por cerca de metade do preço temos no nosso Alentejo tintos com perfil seelhante e de qualidade superior.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uma tarde bem passada




Pois é caros amigos, o Pontão tem andado um pouco apagado. Já se sabe como é antes da malta ir de férias há que deixar tudo em ordem e o tempo vai faltando para postar alguns conteúdos.
Bem lamúrias à parte, venho dar-vos conta daquela magnífica tarde de 7 de Junho, onde em reunião de editores, escolhemos o vinho do mês. como já foi escrito a escolha seria entre dois Yellow Tail o Shiraz e o Merlot, ambos de 2007. Para compor mais ainda a coisa o amigo Alfredo ofereceu uma Abreu Callado Reserva 2008, e um alentejano de idade respeitável mas que se portou muito bem



O amigo Alfredo esteve ao seu melhor nível, preparando-nos o "reservado" com aprumo onde foram desfilando os queijinhos de ovelha, o chouriço de porco preto, o toucinho de porco preto, cortado em fatias finissimas, com alho (uma iguaria que eu acho divina, um verdadeiro produto gourmet Alentejano), os famosos grãos com carne e para os mais "exóticos" umas barrigas de atum em azeite.


Além dos editores do Pontão, e do anfitrião estiveram como convidados os amigos Carlos Painha e Domingos Cunha. À volta da mesa, dos vinhos e dos petiscos, as conversas foram como as cerejas, o tempo foi voando e no fim da tarde aquela sensação de um bocado muito bem passado, entre amigos, com a cumplicidade de boas pingas, a lembrar-nos que o vinho foi feito para se beber em boa companhia, construindo os momentos, a memória e a história de cada um.
No final a despedida foi rematada com aquela velha máxima: "é o que a gente de cá leva"

Um Abraço e boas provas

PS: O Pontão agradece a dedicação e o pormenor com que o Alfredo preparou esta tarde. Mais virão...