Editorial

Nas conversas dos antigos o Pontão das Vinhas, é descrito como o sítio, de onde saia o belo néctar báquico. Hoje do sítio resta o nome, a vinha há muito que foi arrancada. Nesta Terra de apreciadores do precioso liquido, este sitio, obra de um grupo de carolas, transporta para a rede o espírito de uma vila milenar, outrora berço de grandes “pomadas” e episódios marcantes na História de Portugal.
Este espaço pretende ser um ponto de encontro de veirenses (e não só), acima das diferenças politicas, futebolísticas, de cor, credo, ou género. Um Sitio para os amantes do vinho, sem pedantices, ou preciosismos técnicos, onde todos são bem vindos.
Todos os produtores que queiram ver uma prova dos seus vinhos, contacte com: pontaodasvinhas@gmail.com
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Pousio tinto 2008


Região: Alentejo, vinho regional (Marmelar - Vidigueira)

Produtor: CADE


Castas: Syrah, Trinacadeira e Alicante Bouschet.

Alc: 13,5 º

Preço: 3,99€

Nota de prova: 16,5 (pela excelente relação qualidade/preço)


Quando começa o Inverno há um ritual, que se foi tornando sagrado, o almoço de Domingo em em casa dos meus pais, para degustar as melhores migas do "mundo" feitas pela mão do meu pai. Cada Domingo faço questão de levar o vinho. O meu vinho de "migas" como lhe chamo. Para acompanhar um prato simples, mas forte e 100% alentejano, tenho escolhido vinhos no mesmo perfil que na minha modesta opinião são os que casam na perfeição, com excelsa comida. O vinho de "migas" tem de ser alentejano, simples, bem feito, sem ondas de "modernice", acessível e fortemente gastronómico.
No que levo de Inverno, o Pousio, é o meu vinho de "migas" preferido. Uma cor carregada, um aroma a fruta vermelha, bem madura, alguma especiaria, corpo sólido, taninos fortes, é um vinho de "encher" a boca, pleno de raça alentejana, altamente recomendado.

Dom Rafael tinto 2007


Região: Alentejo DOC (Casa Branca - Sousel)

Produtor: Vinhos da Cavaca Dourada

Castas: Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet

Alc: 14º

Preço: 6,50€

Nota de Prova: 15,5


Por todas as razões e mais algumas, sou um incondicional dos vinhos do Mouchão. Como já aqui escrevi, se há uma Casa vinícola que define o Alentejo, essa Casa é a Herdade do Mouchão.
È sempre com prazer que se prova uma nova colheita de Dom Rafael. Este tinto, é o acesso à gama do Mouchão, beneficia de alguns "mimos" que em outras casas são reservados, para os topos de gama, como sendo o estágio em madeira por 12 meses.
Uma cor bastante carregada a mostrar, que é um Mouchão, no nariz surge com alguma austeriadade. Na prova de boca revela-se um tinto, cheio de carácter e algo "raçudo", ainda um pouco rijo, pedindo ums meses de garrafa. Não deixa de ser uma boa aposta, mas se tiverem umas garrafas à mão façam-no acomnpanhar com um prato forte, como um feijão branco com tromba de porco, ou então deixem-no descansar. Lá para 2011 deve estar um belo tinto.

Dardo tinto 2007


Região: Douro DOC (Tabuaço)

Produtor: Wine Vision

Castas: não mencionadas

Alc: 13,5º

Preço: 5,95 (com a revista de vinhos)

Nota de prova: 15,5


Mais um bom tinto, com que a RV abrilhantou os seus leitores.
O aroma de inicio revela-se algo fechado e estranho, depois de abrir cerca de meia hora, torna-se um vinho mais convidativo, com a fruta em primeiro plano e a madeira discreta. Na boca, é um vinho mais interessante, corpo, acidez e álcool qb, assentes em taninos domesticados e na fruta de qualidade.
Uma boa surpresa

Marquês de Borba tinto 2008


Regi:ão: Alentejo DOC (Estremoz)

Produtor: João Portugal Ramos

Castas: Aragonês e Trincadeira (predominantes)

Alc: 14º

Preço: à volta dos 6€

Nota de Prova: 16


Este é o vinho mais "famoso" de João Portugal Ramos e uma garantia de qualidade consistente nos vários anos que leva. Recentemente aconselhei este vinho a uma pessoa amiga que, me disse que não gostou que o achou demasiado forte, uma desilusão, enfim...
Depois deste "mau" conselho voltei a provar o vinho para fazer a minha prova dos 9. O resultado é um belo tinto alentejano, redondo, encorpado qb, bem apoiado na fruta e com um final bem guloso.
Passado o tira teimas, só me resta concluir que este marquês de borba está bem bom e recomenda-se é daqueles vinhos, que são sempre garantia de qualidade e que levaram o Alentejo à posição de liderança no mercado nacional.
Se tiverem por ai algumas botelhas, não hesitem em bebe-las, mas sempre com boa companhia...