MONTE da CAL Reserva 2004

REGIÃO: Alentejo (S. Saturnino - Fronteira)



PRODUTOR: Herdade do Monte da Cal



CASTAS: Trincadeira; Syrah e Alicante Bouschet



TEOR ALCOÓLICO: 14,5 % Vol



PREÇO: 8 a 13 euros



NOTA DE PROVA: 15,5 (0 a 20)

Sábado, 28 de Março do ano do Senhor de 2009

20h35

Enquanto os jogadores da selecção nacional aquecem para o jogo com a Suécia e algumas cidades um pouco por todo o Mundo (cerca de 3000) aderem ao Apagão Global, eu decanto este MONTE da CAL Reserva 2004.

Trata-se de um vinho produzido na Herdade do Monte da Cal, a qual é propriedade da Dão Sul, empresa que é produtora de vinhos em diversas zonas do país (Douro; Dão; Estremadura; Bairrada e Alentejo).

É a Dão Sul que produz vinhos como a Casa de Santar do Douro; o Cabriz e o Grilos do Dão (este Grilos já foi falado no nosso blog e deverá estar para breve um comentário a um vinho que, pela relação qualidade/preço, tem potencial para chegar a vinho do mês) ou o Rio Sol (um vinho produzido no Brasil e que tive oportunidade de provar graças ao amigo Zé Eduardo).

Para além do vinho em prova, a Herdade do Monte da Cal também produz o Terra Plana; o Monte da Cal (colheita); alguns monocastas (ex: Syrah ou Aragonês) e o Vinha de Saturno (o topo de gama da adega). Sobre este último, muito havia a dizer, mas isso fica para outro comentário...

21h00

Na televisão, Portugal joga bem, mas não marca! No copo, este tinto, que começou um pouco fechado, vai-se dando a conhecer. Trata-se de um vinho bem encorpado (como bom Alentejano que é) e com muita fruta.

É um tinto que já satisfaz bastante (a relação qualidade/preço é muito interessante) mas que me pareceu que poderá melhorar com mais algum tempo em garrafa.

22h30

Na televisão, a selecção jogou bem mas não ganhou... É o nosso Fado!
No copo (e na garrafa) já só há vestígios do precioso nectar que fez esquecer o resultado do jogo e salvou a noite!

Afinal, há esperança!
É claro que não vamos ao Mundial... Mas teremos sempre um Monte da Cal ou um Vinha de Saturno!

Despeço-me com amizade e até ao próximo comentário.

Post Scriptum: Peço desculpa pelos comentários futebolisticos mas, utilizei-os no sentido de organizar o texto e apenas por se tratar da Equipa de todos nós.

Abraço e boas provas.

Dom Rafael 2006

Região: Alentejo (Casa Branca , Sousel)

Classificação: Denominação de Origem Controlada (D.O.C)

Produtor: Vinhos da Cavaca Dourada

Castas: Aragonês, Trincadeira, Castelão e Alicante Bouchet

Alc: 14,5º

Preço: à volta dos 7€

Nota da Prova: 16

Um dos representantes, do Alentejo clássico, conjugando a tríade de castas ditas de excelência da região, com o Castelão, hoje praticamente residual, nos vinhos de referência da região, mas bastante utilizada há 10, 15 anos atrás.

Uma cor bastante carregada, como cartão de visita da casa que lhe deu origem, notando-se no nariz um pouco da madeira onde estagiou. na boca appresenta-se bem encorpado, sobressaindo a fruta, cheio de carácter Alentejano, num perfil a lembrar os tintos de outras épocas. Termina com uma ligeira adstrigência, que torna este "Mouchão dos pobres" um bom companheiro para os pratos com subtstância da nossa região.

Feijão Branco com cabeça de porco, uma feijoada de lebre ou uns grãos com carne casam na perfeição com este tinto, que no almoço de domingo acompanhou, com grande nível umas migas com entrecosto.

Até à próxima prova e uma boa semana de trabalho para todos

QUINTA DA GARRIDA 2004

Região: Dão (Vila Nova de Tázem)

Produtor: Caves Aliança

Castas: Tinta Roriz, Jaen, Touriga Nacional

Alc: 14,5º

Preço: Por volta dos 5,99€ mas a 1,95€ em promoções recentes feitas pelas lojas Intermarché em Portalegre, Èvora e Vila Viçosa

Nota de Prova: 16

Carregado na côr, um belo aroma focado no fruto silvestre, com madeira discreta. Na boca mostra-se envolvente, cheio e muito frutado, com a madeira em segundo plano, muito bem casada com a fruta. Os seus 14,5º de alcoól aguentam-se bem, pela frescura e elegância com que termina, tipica dos vinhos do Dão.

Para os Alentejanos mais renitentes aqui fica uma boa alternativa para conhecerem vinhos de outras regiões, até o meu irmão C. gostou! Se tiverem a mesma sorte que eu de o conseguirem arranjar por 1,95€ para a qualidade que apresenta é dado (eu trouxe logo 6 garrafinhas).

Além do mais como é tipico dos vinhos do Dão tem a vantagem de poder evoluir bem em garrafa e nos dar uma surpresa agradável daqui por mais 2 ou 3 anos.

Voltarei a dar noticias desta região em breve, porque hoje descobri aquilo que tanto pode ser um achado, como uma desilusão.... mas guardo esse para mais tarde

Até lá saudações Báquicas

PONTE DAS CANAS 2005

REGIÃO: Alentejo (Casa Branca - Sousel)

PRODUTOR: Herdade do Mouchão

CASTAS: Touriga Nacional; Touriga Franca e Alicante Bouschet

TEOR ALCOÓLICO: 14,5 % Vol

PREÇO: 15 a 20 euros

NOTA DE PROVA: 17 (0 a 20)

Foi no mesmo dia que provei a Francisco Nunes Garcia que tive oportunidade de repetir a prova a este Ponte das Canas 2005 (já o tinha provado no Natal), e confesso que solidifiquei a minha opinião de que estamos perante um grande vinho. Nessa noite pareceu-me um pouco superior ao FNG mas, dou-lhes a mesma pontuação por admitir que o facto de ser a segunda prova da noite beneficiou o Ponte das Canas.

Este Ponte das Canas, cuja primeira colheita é a de 2005 (desde 1996 que esta casa não lançava um novo vinho), vem juntar-se aos famosos Dom Rafael; Mouchão e Tonel 3/4 (este o topo de gama da adega).

É um vinho um pouco diferente daquilo a que o Mouchão nos habituou, conjugando (na perfeição) tradição e evolução. Tradição, mantida pela presença do Alicante Bouschet (a casta ex-libris da herdade) que lhe dá um toque da austeridade tão caracteristica dos vinhos desta adega. Evolução por ser um vinho que cativa à primeira prova (coisa que um Tonel 3/4, apesar de melhor, não consegue fazer). É aquilo a que costumo chamar um vinho "fácil" (parafraseando o amigo Zé Maria: "É um vinho mais Novo Mundo"), ideal para "iniciar infiéis" nesta religião que é o vinho!

Como diria o Sousa Veloso no TV Rural: "Despeço-me com amizade e até ao próximo comentário".

Abraço e boas provas.

FRANCISCO NUNES GARCIA RESERVA 2001

Região: Alentejo (zona de Moura)

Produtor: Francisco Nunes Garcia

Castas: Aragonês; Trincadeira; Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon

Teor alcoólico: 13,5% Vol

Preço: 25 a 30 Euros

Nota de prova: 17 (0 a 20)

Foi este fim de semana que provei esta pérola do produtor Francisco Nunes Garcia, o mesmo que produz o Convento da Tomina e o António Maria (este último é o topo desta adega e um dos melhores Alentejanos da actualidade).

Devo confessar que a primeira sensação não foi extraordinária mas, com o evoluir da jantarada melhorou considerávelmente.

O pior é que quando estava a saber muito bem... a garrafa acabou!

Abraço a todos e boas provas

Lima Mayer 2005

19 de Março de 2009















Lima Mayer Tinto 2005

Regional Alentejano

Castas: Aragonês, Syrah, Alicante Bouchet, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot

Produtor: Lima Mayer & Cª, Quinta de São Sebastião, Monforte (na área do extinto concelho de VEIROS)

Alc: 14º

Preço: á volta dos 10€
Opinião: Bom +

A melhor prenda que se pode dar a um Pai neste dia, é o regresso a casa dos filhos.

Assim aconteceu eu de Elvas e o meu irmão L (N) de Èvora, lá nos juntámos ao C. que se mantém na nossa grande vila.

A minha Mãe não continha a alegria, ao fim de um mês voltava a reunir à mesa os seus 4 homens, e como ela gosta de cozinhar para eles....

Lá sairam a preceito uma reconfortante canja de galinha do campo, e depois uma das suas especialidades, a mesma galinha depois de cozida, tostada no forno com limão... de lamber os dedos. A acompanhar tal repasto uma Lima Mayer tinto 2005, que já tinha provado em Fevereiro de 2008 com os meus irmãos, ficando o L (N) encantado com a "pomada".

Passado um ano pareceu-nos um pouco mais fechado de aromas, com menos fruta e mais tosta, na boca mantém o bom perfil de um vinho nada pesado, com muita frescura, e uma dose qb de elegância e sofisticação, com um final acentuado por um toque vegetal.

Enfim um bom vinho representativo da qualidade média muito interessante deste produtor, representando do melhor que se faz no alentejo para esta gama de preços. Na minha opinião quando comparado com o 2003 (o primeiro ano deste vinho) e o 2004 este é o melhor ano, uma vez que ainda não provei o 2006.

O jantar lá foi decorrendo, entre as conversas de 4 homens, sobre pesca, futebol, o dia a dia, alguma politica e uma mulher encantada de os ouvir. Seguiu-se o café fora de casa (como é tradição), no nosso amigo JA, onde conversei com o X sobre o este nosso espaço, e fiquei contente com a energia que ele demonstra ao abraçar este projecto e com as ideias interessantes que tem em mente.

Acabou-se a noite despedimos dos "velhotes" do C. e cada um para seu lado. Mais um dia do Pai, acompanhado de um Lima Mayer 2005, porque o vinho é algo carregado de História, a História da terra que lhe dá vida, a História de quem produz, a História das mãos que o cuidaram da vinha até à adega e a História de quem o bebe e o liga a bons momentos da sua vida...

DONA MARIA AMANTIS

Como alguns amigos sabem, este vinho para mim é excelente.
Por isso, proponho a quem já teve o prazer de o deliciar, comentem o que acham desta maravilha de vinho. Aos que ainda não o provaram, provem pois vale a pena.

O Lançamento Deste Espaço

Hoje 15 de Março no café restaurante do nosso amigo Alfredo, iniciamos a caminhada deste blog. Entre carne do alguidar e migas de espargos, foram desfilando algumas garrafinhas bem simpátias. começando nas Servas Escolha 2006, que está que nem mel, até uma Pegões Colheita Seleccionada 2004. trazida por um dos convivas, que se bebeu tão bem que nem se deu por ela. E Assim se passou a primeira sessão inaugural do "Pontão das Vinhas" um espaço onde os veirenses se encontraram.
Entre os petiscos que desfilaram à mesa a companhia dos vinhos teve sempre à altura, o nosso amigo Alfredo tratou-nos primosoramente e brevementre iremos voltar, com o Pontão das Vinhas mais composto, com mais amantes do vinho para uma prova atenta, que icidirá sobre os grandiosos néctares Alentejanos.