Editorial

Nas conversas dos antigos o Pontão das Vinhas, é descrito como o sítio, de onde saia o belo néctar báquico. Hoje do sítio resta o nome, a vinha há muito que foi arrancada. Nesta Terra de apreciadores do precioso liquido, este sitio, obra de um grupo de carolas, transporta para a rede o espírito de uma vila milenar, outrora berço de grandes “pomadas” e episódios marcantes na História de Portugal.
Este espaço pretende ser um ponto de encontro de veirenses (e não só), acima das diferenças politicas, futebolísticas, de cor, credo, ou género. Um Sitio para os amantes do vinho, sem pedantices, ou preciosismos técnicos, onde todos são bem vindos.
Todos os produtores que queiram ver uma prova dos seus vinhos, contacte com: pontaodasvinhas@gmail.com
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Herdade Perdigão Reserva 2004








Região: Alentejo (Monforte)

Classificação: Vinho Regional Alentejano

Produtor: Herdade do Perdigão

Castas: Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon

Alc: 15º

Preço: por volta dos 25€

Nota da Prova: 17,5





5 de Abril de 2009


Porque há dias assim... que são quase perfeitos, quando voltamos a acertar os ponteiros do relógio, para mais uma etapa no caminho, que desejamos longo e próspero.
Porque há momentos que devem ser celebrados com aqueles que amamos, há vinhos que se tornam especiais.



O Herdade Perdigão Reserva, já é uma referência nos topo de gama alentejanos, um vinho com um significado muito especial. A vinha do Perdigão nasceu do sonho dum grande Alentejano e um Senhor do Vinho, que deixou o mundo dos vivos em 2008 e que infelizmente nunca tive a oportunidade de conhecer Alfredo Saramago Santos.


Na década de 80 do sec XX no meio do frenesim trigueiro, Alfredo Santos, contra a corrente e as opiniões de "esquina", planta uma grande área de vinha, que para muitos era uma loucura... Os anos passaram a propriedade mudou de mãos várias vezes, produzindo sempre bons tintos. Hoje o Alentejo é lider nas vendas nacionais, a vinha mudou de forma radical a paisagem, a cultura empresarial e a forma de criar riqueza na região, pela mão de um conjunto de homens, que conseguiram ver mais além.


Porque o Alentejo, pode ser uma terra de oportunidades onde os sonhos se concretizam e porque sempre vale mais quem quer do que quem pode....




BEM VAMOS AO VINHO

Uma côr mais para o retinto, deslizando no copo, onde vai deixando uma lágrima. No nariz somos remetidos para aromas balsâmicos, alguns tostados e a fruta algo escondida.
Na boca temos a prova dos 9 de um grande vinho, sensações balsamicas, fruta de muito boa qualidade, bem integrada com a madeira, elegância e muita frescura, que nos faz esquecer que estamos a beber um vinho com 15º, termina de forma persistente e ligeiramente apimentado. Muito bom, foi a estrela do dia


Post Scriptum: Desculpem a extensão deste post, mas para um dia quase perfeito como o 5 de Abril, onde desde a manhã à noite os meus entes mais queridos, não pararam de me surpreender... tinha de ser

6 comentários:

Hélder Caldeira disse...

Boas,

Caro amigo Zé quando me dissestes que tinhas bebido este vinho pensei que era o Herdade do Pinheiro Reserva e não o H. do Perdigão! Desculpa-me e chama-me o que quiseres mas para mim este não é um grande vinho Alentejano, há bem melhores e mais em conta, P.ex. o Quinta do Mouro para mim deixa este a léguas de distância! Mas ainda bem que os gostos não são todos iguais não é?
Já agora já provaste o Herdade do Pinheiro Reserva? Que tal?

Abraço

HC

José Maria Paínha disse...

Caro Helder

Eu sei que tens uma relação dificil com este vinho, mas é das tais coisas, gostos.... Mas quanto a este 2004, olha que vale a pena experimentar.
em relação à Herdade do Pinheiro, provei recentemente o 2005 e gostei bastante, (guardarei para um próximo post) o que me deixa curioso, e com alguma expectativa.

Forte Abarço

Paulo Caldeira disse...

Apesar de não ter tido oportunidade de provar esta pinga, acho que a Herdade do Perdigão está de volta aos bons velhos tempos. Para além deste reserva,têm um Herdade do Perdigão Old vineyards 2003, do qual já ouvi maravilhas (é pena o preço, à volta de 50 euros).
Helder, não mates já esta pinga. O mano vai arranjar uma botelha para ver se ficas com uma melhor opinião do gajo (no entanto o Quinta do Mouro é de facto muito bom).

Abraço a todos.

José Maria Paínha disse...

Paulo

Este 2004 vale a pena provar, já o 2005 menos fresco e um pouco mais pesado, mas também muito bom.
Quanto ao Old Vineyards por enquanto está um pouco fora de alcance... mas nunca se sabe...


Abraço

Luis disse...

Muito Bom, grande pinga.
Um vinho fresco e muito elegante para isso contribui a serra de São Mamede.
Ainda aguenta em garrafa mais ums 4anos.

José Maria Paínha disse...

Até aguenta mais uns anos em garrafa, eu é que se tivesse outra não sei se me aguentava uns 4 anos sem a beber...