Editorial

Nas conversas dos antigos o Pontão das Vinhas, é descrito como o sítio, de onde saia o belo néctar báquico. Hoje do sítio resta o nome, a vinha há muito que foi arrancada. Nesta Terra de apreciadores do precioso liquido, este sitio, obra de um grupo de carolas, transporta para a rede o espírito de uma vila milenar, outrora berço de grandes “pomadas” e episódios marcantes na História de Portugal.
Este espaço pretende ser um ponto de encontro de veirenses (e não só), acima das diferenças politicas, futebolísticas, de cor, credo, ou género. Um Sitio para os amantes do vinho, sem pedantices, ou preciosismos técnicos, onde todos são bem vindos.
Todos os produtores que queiram ver uma prova dos seus vinhos, contacte com: pontaodasvinhas@gmail.com
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terça-feira, 14 de abril de 2009

HERDADE dos GROUS 2006

REGIÃO: Alentejo (Albernoa - Beja)

PRODUTOR: Herdade dos Grous

CASTAS: Aragonez, Syrah, Alicante Bouschet e Touriga Nacional

TEOR ALCOÓLICO: 14% Vol

PREÇO: 8 a 10 euros

NOTA DE PROVA: 16 (0 a 20)


Sábado, 11 de Abril do ano do Senhor de 2009

Tal como havia prometido no meu último post, venho dar-vos a conhecer o vinho da segunda prova desse jantar e que, tal como já tinha referido, foi o rei da noite.

O Herdade dos Grous 2006 é produzido na herdade homónima e trata-se do vinho de preço mais acessível da adega.

Falo em vinho de preço mais acessível porque, para um vinho desta qualidade, não faria sentido chamar-lhe "parente pobre" (como chamei ao Chaminé), ainda que se trate do vinho de gama baixa da adega.

A gama de vinhos desta casa conta ainda com o Herdade dos Grous Reserva (o topo de gama); o Herdade dos Grous 23 Barricas e o Herdade dos Grous Moon Harvest.

Este vinho foi a minha primeira prova desta casa e devo dizer que fiquei com vontade de provar todos eles...

É um vinho intenso, de cor e corpo, como deve ser um bom alentejano. Muito aroma a fruta no nariz, a qual não desilude na boca, pois mostra bom volume, o qual casa muito bem com o paladar a essa fruta que já nos satisfez o olfacto. Tivesse eu mais conhecimentos vinícos e arriscaria ainda dizer que estamos na presença de um vinho com um final longo (não interminável, mas longo...).

O objectivo deste post tripartido não era comparar os vinhos que foram provados. No entanto, tal comparação torna-se inevitável para qualificar este vinho.

Fazendo-lhe justiça, há que dizer que ridicularizou o primeiro (Chaminé 2005) e ofuscou o terceiro (posso adiantar que se trata do Convento da Tomina 2007).

Despeço-me com amizade e até ao próximo comentário.

Abraço e boas provas.

4 comentários:

Xiko disse...

Concordo em absoluto com o “postador”, um vinho que se bebe muito bem, mas se tivesse um pouco mais de tempo a abrir, talvez ainda seja melhor. Apesar de já o ter voltado a beber (não nas condições desejadas) faço questão de o voltar a beber, mas desta vez decanta-lo primeiro (se estiver errado corrijam-me, pois percebo muito pouco deste néctar).

Em relação à comparação entre esta pomada e os dois outros que se beberam, não estou totalmente de acordo com o Paulo, se acho que tem razão em relação ao primeiro, em relação ao segundo, ofuscar acho uma palavra muito forte, há uma diferença mas não é abismal.

Pontuação de um leigo.

Herdade dos Grous 2006 16 (ainda pode subir)
Chaminé 2005 (como já tinha pontuado noutro comentário) 11 (especial favor)
Convento da Tomina 2007 15

Paulo Caldeira disse...

Caro Xico!
Concordo contigo, e até me esqueci de escrever isso no post, quando dizes que o vinho deveria ter sido decantado. Certamente iria melhorar (todos eles).
Não concordo contigo na avaliação ao Tomina, mas isso explico depois no post.
No entanto gostei muito do teu comentário, assim como o do meu irmão a "defender" o Chaminé. Acho que o nosso blog serve para isso mesmo. Cada um defender os seus gostos.
Da minha parte devo dizer que espero que quem tenha opiniões diferentes daquelas que são postadas, o diga. É que posso estar a ser injusto com um vinho que até é bom, mas que naquele dia não soube tão bem e merece uma segunda oportunidade.
Quanto ao Herdade dos Grous da Pateira, era de 2007 (corrijam-me se estou errado, mas acho que não).
Abraço a todos e boas provas.

José Maria Paínha disse...

Viva meus caros

Em relação aos vinhos em questão, uma vez que já provei os 3 sem dúvida que o mais bem feito, o herdade dos grous, é um vinho mesmo com algum toque de sofisticação. O Tomina é o mais raçudo, um tinto completamente gastronómico enquanto que o chaminé é o mais light

Abraços

José Maria Paínha disse...

Paulo

O herdade dos Grous que o Nix levou para a Pateira era o 2007 e está muito bom, mesmo muito bom

Abraços