Editorial

Nas conversas dos antigos o Pontão das Vinhas, é descrito como o sítio, de onde saia o belo néctar báquico. Hoje do sítio resta o nome, a vinha há muito que foi arrancada. Nesta Terra de apreciadores do precioso liquido, este sitio, obra de um grupo de carolas, transporta para a rede o espírito de uma vila milenar, outrora berço de grandes “pomadas” e episódios marcantes na História de Portugal.
Este espaço pretende ser um ponto de encontro de veirenses (e não só), acima das diferenças politicas, futebolísticas, de cor, credo, ou género. Um Sitio para os amantes do vinho, sem pedantices, ou preciosismos técnicos, onde todos são bem vindos.
Todos os produtores que queiram ver uma prova dos seus vinhos, contacte com: pontaodasvinhas@gmail.com
Myspace Layouts

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quinta do Mouro 2003






Região: Alentejo Vinho Regional

Produtor: Miguel Louro

Castas: Aragonês, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional

Alc: 14,5º

Preço: + 20€

Nota de prova: 17,5 / 18


Se há no Alentejo vinhos que interpretam na perfeição, a filosofia do seu criador, sobre as características da região, vinhos de autor, este é sem dúvida o melhor exemplo. Já muito se escreveu na imprensa especializada, sobre os métodos e a personalização que o Dr. Miguel Louro, põe nos seus vinhos, avesso a modas (e ainda bem!), contra corrente, produz dos vinhos mais singulares da região, que há muito estão na minha lista de preferências.
Este Quinta do Mouro 2003 apresenta uma cor bastante concentrada, um nada evoluída. o nariz é fantástico, intenso, fruta madura, tosta, balsâmicos, alguma mineralidade. Na boca mostra que está no ponto para ser consumido. Puro veludo, elegante, taninos bem domados, especiado, final muito longo, cheio de carácter, permanecendo na boca, convidando para mais um copo. Um vinhão!

Valeu a pena esperar por ele 3 anos

sábado, 29 de janeiro de 2011

Quinta da Fata Reserva 2004






Região: Dão DOC

Produtor: Maria Cremilde Amaral.

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro, Jaen, Trincadeira

Alc: 14,5º

Preço: Cerca de 9€

Nota de prova: 16

Côr impressionante, quase opaca. Um nariz impressivo, mato, caruma, bagas com um fundo floral. Na boca é um tinto para "homens" bastante encorpado, algo rústico, madeira discreta, fruta macerada, final rijo. Um tinto personalizado e cheio de raça, ainda tem muita vida pela frente na garrafa. Gostei do estilo e por via das dúvidas adquiri mais uma botelha, que repousa calmamente

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Caladessa 2003







Região: Alentejo DOC.

Produtor: Herdade da Calada.

Castas: Trincadeira, Alfrocheiro e Touriga Nacional.

Alc: 14,5º

Preço: 6,70€ (em promoção)

Nota de prova: 16,5.


Por norma sabemos que nas garrafeiras conseguimos sempre encontrar aqueles vinhos menos "massificados" mais especiais, mas com um senão: o preço (com a excepção da Garrafeira Nacional, que tem preços de combate). Por isso mesmo devemos dar uma volta pelas garrafeiras dos super e hiper mercados, já que de vez em quando temos gratas surpresas. No que toca a super mercados, no Alentejo há poucas como a do Intermarché de Évora, no que toca aos vinhos alentejanos, lá podemos encontrar quase tudo o que a região tem para oferecer e a preços que não magoam a carteira.
Foi numa destas incursões no no referido super mercado, que encontrei este Caladessa 2003 em promoção a cerca de 7€. Trouxe 3 exemplares comigo, uma vez que o preço normal deste néctar andava pelos 18€.
È um vinho com uma côr a caminho da evolução, num tijolo escuro, bem bonita por sinal. O nariz inicialmente assusta com aromas animais, evoluindo depois para notas de madeira e fruta em passa. A boca revela um vinho muito bom, fruta bem madura, bombom de ginja, licorados, um toque evoluído que casa muito bem com conjunto, robusto, mas com boa acidez. Um belo tinto ideal para um assado de borrego, uma feijoada ou uns rojões (foi com estes que casou à mesa e se portou muito bem)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Periquita Reserva 2007






Regiâo: Península de Setúbal

Produtor: José Maria da Fonseca Sucs

Castas: Castelão, Touriga Nacional, Touriga Franca

Alc: 13º

Preço: 5€ (com a Revista de Vinhos)

Nota de Prova: 16


Um tinto de equilíbrios. Nariz com toques abaunilhados, mostra-se mais na boca. Muito bem feito fruta, madeira, taninos e álcool, tudo em grande comunhão e equilíbrio, resultando num vinho guloso agradável e bastante correcto. Uma boa pinga para todos desde aqueles que se estão a iniciar no mundo dos vinhos. até aqueles mais exigentes.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Evel Grande Escolha 2004





Região: Douro DOC

Produtor: Real Companhia Velha

Castas: N/D

Alc: 14,5º

Preço: 18€

Nota de prova: 17,5


Os vinhos de mesa da Real Companhia Velha (RCV) foram dos primeiros responsáveis a marcar o meu gosto pelo Douro. Quinta dos Acipestres, Porca de Murça Reserva (branco e tinto) ~são presenças habituais desde há anos na minha garrafeira e mesa. Este Evel Grande Escolha é um dos topos da RCV, um daqueles vinhos em que o Douro atinge a sua expressão maior, um clássico, com a vantagem de ser muito, mas mesmo muito mais barato que os topos de gama de outras casas.
Este 2004 vem confirmar que devemos ser pacientes com este tipo de néctares durienses, vinhos para saber esperar, mas não demasiado, uma vez que este estava num óptimo estado.
Uma cor bastante carregada, aroma quente, bem marcado pela fruta madura e com a madeira perfeitamente integrada. Na prova de boca, fruta de excelente qualidade, redondo, quente e generoso, algumas notas de mato, final longo, generoso e ligeiramente picante. Muito bom.
PS: Tenho guardada uma destas, de 2007 mas vou esperar mais três ou quatro anos...

Passagem 2005



Região: Douro DOC
Produtor: Quinta das Bandeiras
Castas: N/D
Alc: 13,5º
Preço: 9€
Nota de Prova: 16,5
Um Douro que trouxe da minha visita à Quinta de la Rosa há ano e meio. Este passagem resulta de uma nova parceria entre o enólogo Jorge Moreira e a produtora da referida quinta Sophia Berqvist.
No copo evidencia a sua cor carregada, enquanto que o nariz é apoiado por excelente fruta com um toque químico à mistura. Na boca nota-se um tinto muito correcto, com boa acidez, fruto limpo e um final assente em grande frescura.